Pela janela da saudade
Olhas o mar ao sol-poente
E vai morrendo, longemente
Em teu adeus crepuscular
A voz do mar
E dentre a nebulosidade
A lua em pálido crescente
Parece ao meu albor
Ausente, onipotente
Uma Verônica estelar
Oh! Meu amor
Oh! Minha dor, oh! ânsia
Do coração quebrado
Em mil carcérulas
Sacrificado
É sempre o mesmo na constância
Florindo lágrimas
Chorando, pérolas
Oh!, Meu amor
Oh!, minha vida em hóstia
Na religião do coração em êxtase
Minha ventura e, nesse adeus crepuscular
À beira-mar
Poder sentir a vida e a morte em teu olhar
Por esta tarde azul e bela
Passei minh’alma angustiada
A silhueta de uma vela
Abandonada, a penejar em alto mar
Depois daquela despedida
O mar soluça em minha vida
E desde então, a minha vida em despedida
É recordar e suspirar
Oh!, Meu amor! oh!, minha dor, oh! Ânsia
Do coração quebrado
Em mil carcérulas
Sacrificado, é sempre o mesmo na constância
Florindo lágrimas
Chorando, pérolas
Oh!, Meu amor
Oh!, minha vida em hóstia
Na religião do coração em êxtase
Minha ventura e, nesse adeus crepuscular
À beira-mar
Poder sentir a vida e a morte em teu olhar