Somos humildes, nossa herança é sagrada
Meu plano é outro plano, não subimos pela escada
Somos humildes, nossa crença não é forjada
Cegos matam pelo ego, mas não vou morrer por nada
Manipulam a matéria só pra controlar a massa
Implantam a discórdia onde a miséria te laça
Acham ser superiores, desprezam a nossa raça
Mas bebem nosso sangue e o brindam numa taça
Eles dependem de nós e da inocência acham graça
Tentando decifrar o caminho que o acaso traça
No portal anti-matéria só o que é puro passa
E seus bens materiais estão carregados de desgraça
Não adianta tentar ver, não vão nos entender
Nosso sorriso sempre brilha e vem pra confundir
Se acham que não há mais nada o que aprender
São vocês que não podem mais sentir e evoluir
Sei que as palavras e os números tem poder
Minha alma é o éter então não tentem fundir
Se atraímos tudo o que pensamos crer
O próprio caminho errado é o que vai te trair
Não estive aqui pra ver tudo acontecer
Mas quero estar quando a Babilônia cair
Sei que algum dia a carne tem que padecer
Deixo as sementes boas pra me redimir
Se não há pecado, não vou pecar em dizer
Há um Deus que fala, surdos não podem ouvir
Dizem que ignorantes merecem morrer
Mas nos ignorar é o que irá os destruir
Tentando escrever certo nessas linhas tão tortas
Desculpa se soa agressivo, minha letra é um garrancho
De que me adiantam chaves que só fecham portas?
Quem foi que nos trancou aqui com demônios e anjos?
Desde o inicio os sábios nos acham idiotas
Se aproveitam, mas hoje desviamos dos ganchos
O meu valor já é de mim, não arrumei com agiotas
Eu tenho amor, pode odiar enquanto o esbanjo