Nesses fundões onde o campo se alarga
Foi que nasci e me criei enforquilhado
Ajojadito no lombo de um ventena
E vim pro mundo pra dar pau em aporreado
Começo a lida sempre ao clarear do dia
E, por parceiro, um cusco amadrinhador
Quando o veiaco tenteia a perna do freio
Salta na frente lhe mostrando o corredor
Ah! Vida baguala
Ah! Que cosa buena
Vivo lidando no lombo destes cavalos
Alma no arreio e a coragem nas chilenas
Ah! Vida baguala
Ah! Que cosa buena
Vivo lidando no lombo destes cavalos
Alma no arreio e a coragem nas chilenas
Eu trago a aurora refletida nas retinas
Cantos de galos pra enfeitar as madrugadas
Xucro atavismo de quem tem os pés no estribo
Por ser da tribo dos que lidam com a potrada
Trago a xucreza e a rebeldia gaúcha
Nesta minha sina de viver sempre montado
É uma relíquia que Deus me deu de presente
De andar no mundo, no arreio, sempre grudado
Ah! Vida baguala
Ah! Que cosa buena
Vivo lidando no lombo destes cavalos
Alma no arreio e a coragem nas chilenas
Ah! Vida baguala
Ah! Que cosa buena
Vivo lidando no lombo destes cavalos
Alma no arreio e a coragem nas chilenas