De manhã cedo, quando acordo a madrugada
A bagualada já está pronta na mangueira
Laço primeiro pelo fino do pescoço
Porque o retoço tem guizo de garroneira
Embuçalado, vem bufando pro palanque
Já no arranque, arrasta as ancas no chão
Depois, avança se perfila e tironeia
Vai pra cocheira com as marcas no garrão
De lombo arcado que nem fole de oito baixo
Puxo de baixo, boto as garra e bamo embora
É lindo ouvir um beiçudo quando berra
Arrancar terra, céu aberto, campo afora
De lombo arcado que nem fole de oito baixo
Puxo de baixo, boto as garra e bamo embora
É lindo ouvir um beiçudo quando berra
Arrancar terra, céu aberto, campo afora
Arqueia o toso e esconde a cara entre os machinho
No burburinho de cachorro, espora e mango
E a força bruta vai mermando no cansaço
Alarga o passo como quem vai pro fandango
Depois de entregue, afrouxa o lombo e o cogote
Apura o trote, pois terminou a contenda
Porque me espera, num rancho beira de estrada
Bem arrumada e enfeitada a minha prenda
De lombo arcado que nem fole de oito baixo
Puxo de baixo, boto as garra e bamo embora
É lindo ouvir um beiçudo quando berra
Arrancar terra, céu aberto, campo afora
De lombo arcado que nem fole de oito baixo
Puxo de baixo, boto as garra e bamo embora
É lindo ouvir um beiçudo quando berra
Arrancar terra, céu aberto, campo afora
De lombo arcado que nem fole de oito baixo
Puxo de baixo, boto as garra e bamo embora
É lindo ouvir um beiçudo quando berra
Arrancar terra, céu aberto, campo afora
De lombo arcado que nem fole de oito baixo
Puxo de baixo, boto as garro e bamo embora
É lindo ouvir um beiçudo quando berra
Arrancar terra, céu aberto, campo afora