O consumo da estância
Não se prestou pra carneá
Esculhambô com o pelego
A carne deixou abichá
A lenha só ?cortô? verde
Que é mais fácil de cortá
Vez por outra sai pro campo
Não conhece gado alheio
Se um campeiro bota corda
Não se dá conta que é feio
Pra não ter que ir curá
Fica ajeitando os arreio
Senta com a cuia na mão
E o fogo deixa apagá
Onde pisa mata o pasto
Que nunca mais vai brotá
Sesteia sempre sentado
Que é pras botas não tirá
Quando tem banho de oveia
Aí é triste a pegada
O tipo teta de mula
Sem serventia pra nada
Fica sentado na cerca
Atiçando a cachorrada
Já criou calo nos quarto
De tanto vivê sentado
Só levanta se alguém chama
Anoiteceu tá deitado
Vive só de mão no bolso
Se quexando de cansado