A alma do artista
Sedento por vitórias
Faz-se cauteloso na angústia
E impiedoso na busca
Econômico nas notas
Liberdade de ousar
E dar um chute nas pautas
Foi perdido por tanto acreditar
As mensagens que por aí vemos
Me rubra os olhos, tanta poluição.
Vendem o naipe, perdem o apreço.
Todo vão, todo vão tudo em vão.
Trovador do preço
Mariachi do cifrão
Cantador do níquel
Crunner da exploração
Seu espelho fascista
Reflete toda cruz
Simplista, a matina preguiça.
Amordaça-te e te bota capuz
Moldam-te a soberba justiça
Vendem-te a “rice” o arroz
Prorrogam a lei pra milícia
E o artista que sonhe... Depois!