Homem-branco, aqui é meu lar.
Não tem espelho, esporro, espingarda, aqui é meu lar.
Homem-branco, para que manchar.
De vermelho meu ouro, meu couro, minha serra - dourada, pra quê pilhar?
Seu altar está todo lindo, decorado.
Com o ouro e sangue jorrado
Das veias de quem lutou
Sua cruz cristã imponente, dourada.
Lembra-me a taba explorada
Que o senhor dizimou
E o diabo velho ainda ganha praça
E o diabo velho ganha avenida
Também ganha emissora de TV
Não consigo entender
Em nome do pai, em nome do filho.
Em nome da santa ganância estamos aqui
Em nome do pai, em nome do filho.
Em nome da santa ignorância, estamos aqui!