No quintal eu penso
Discrimino toda revolta
Redireciono cada derrota
Sinto indícios de solidão
Vendo ampliadamente
Percebo as rédeas do meu caminho
Mato a sede como um passarinho
E tapo as vistas pra decepção
A ira esconde o cigarro
Caio nas graças de ter um carro
Ir por aí pra tirar um sarro
Burlar o tempo, a direção.
E o quintal me mostra um mundo
De diferenças e harmonia
Aceno a minha sintonia
E continuo na contramão
Celebrai
Mais uma alma que com o tempo se vai
Cortai os pulsos pra ir de encontro a seu pai
Pra indagar seu fiel lamento e cobrar o pão
Outro não
Os credores batem à porta, tenho que atender.
Mas respostas as minhas súplicas, hei de não ter.
E se tapa o buraco, celebrai outra obturação.