O ouro do sol nas penas
E asas para voar
Quem nasceu pra ser poema
Com o sol tem que rimar
Quando a aurora ancora o dia
No horizonte do teu cais
Tu solfejas melodias
Com acordes de cristais
Meu canarinho da terra, passarinho cor de mel
Tu veio morar na serra pra viver perto do céu
Quem me dera, quem me dera, só viver cantando ao léu
E assim mesmo na terra, ter asas pra ser do céu
Flauta de plumas inquietas,
Navegando à serrania
Eu vôo sendo poeta
Nas asas da poesia
Quando no horizonte, em brasas
O sol é um fogo-de-chão
Tu voas, batendo asas
E eu batendo o coração