Sabe?
Não sei o quanto o tempo passa,
Eu, que nem sei o tanto que vivi.
Também não sei o quanto à vida abraça
Das dores, de nós, dos dias que perdi.
Sabe?
Não sei se a vida vira a barca,
Se, de roda, carrega os mitos que herdei.
Também não sei o quanto ela traga
Dos risos, de nós, dos dias que ganhei.
Entretanto, se refaçam
Idas e vindas, beijos e adeus
A noite sempre suspende a alvorada.
Até que te surpreendas calada,
Sem querer, sequer, saber por onde andei.