Atiço as brasas no fogo, de novo
Com qualquer racha de lenha, que tenha
Acalentando as pedras do rancho
Pra algum friozito ou visita que venha
Vem um minuano, depois um pampeiro
Vem uma seca ou um aguaceiro
Pala de seda ou poncho de feltro
Forrando abaixo do meu sombrero
Pala de seda ou poncho de feltro
Forrando abaixo do meu sombrero
Na serrania do Caverá
A vida passa sem avisar
Os meus anseios boto na forma
E escolho a forma de embuçalar
Na serrania do Caverá
O cerro escolta o que tem por lá
Rigor de campo nas invernadas
E cisma alçada pra galopear
Batendo casco e livrando das pedras
Campeando o rastro de vida na serra
A esperança se torna consolo
Pra solitude que brota da terra
Mas não me perco por essas estradas
Pelo destino vaqueano e campeiro
Nas carreteadas do Passo do Batista
Volto no tempo e saco o sombrero
Nas carreteadas do Passo do Batista
Volto no tempo e saco o sombrero