Viola romeira que passou fronteira
Abrindo porteira e levando ternura
Viola tulipa, tão meiga e bonita
Entre as palafitas nascestes tão pura
Viola paixão de todo o sertão
Da geração de poesias futuras
Viola serena, humilde e pequena
Que não envenena a nossa cultura
Viola rebol, madeira sem nó
O guia e farol do espaço celeste
Viola neon que vibra no tom
Seu canto e seu som é um hino de prece
Viola redoma que meus versos doma
E assina o diploma da tradição
Viola bendita teu canto levita
E afasta a maldita solidão
Viola menina você me fascina
Membrana e a retina da canção
Viola estampa por ombro e tampa
Que vive na rampa do meu coração
Viola rebol, madeira sem nó
O guia e farol do espaço celeste
Viola neon que vibra no tom
Seu canto e seu som é um hino de prece
Viola macia, vovô já dizia
Tua melodia tem som de cristal
Viola cauã, meu sol da manhã
Luz e talismã, estrela real
Viola boneca, criança sapeca
Que faz de peteca quem for seu rival
Viola madrinha que luta sozinha
Para pôr na linha o respeito e a moral
Viola rebol, madeira sem nó
O guia e farol do espaço celeste
Viola neon que vibra no tom
Seu canto e seu som é um hino de prece
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)