Grito de bom filho
O Cafuso!
Vai cair no chão se não segurar na terra!
Vai cair no chão se não segurar na terra!
Vai cair no chão se não segurar na terra!
Vai cair no chão se não segurar na terra!
Conexão, conexão!
É mais lama que se pensa
O sal do Oceano é o ralo da represa
Ratos em fuga pela correnteza
Panos à venda por debaixo da mesa
E lá vamos nós
Presa fácil; preço tátil; terço frágil; falsa fé, inglória
Pois é, contradição desse trajeto preso à história (vai cair no chão!)
É mais lama do que se pensa!
Imensa desavença: Intensa, propensa
Mar de tubarões, Atlântico sanguíneo
(Era ‘dar com os burros na água’ ou ‘ficar a ver navios’)
O ciclo bravio nas noites a fio
É o cio retinto às margens do rio
Pensa comigo, dança o inimigo
Avança a lança, alcança e vai
(Vai cair no chão!)
Mistura das raças, submisso indício
(Vai cair no chão!)
Pra cumprir a premissa do novo serviço
(Vai cair no chão!)
O vão da confusão nem sempre intacto (O cafuso!)
(Vai cair no chão!)
É o véu da confissão: Étnico impacto!
O caboco!
O caboco!
Infantaria, Tamoio!
Afrontamento, Palmares!
É jóia rara no joio
Pensamentos vorazes
Mordaz é o jogo
Sob os olhos do Ocidente
O julgo não foi por acidente
Então abra seus livros de ciência e não vai encontrar nada! Duvida?
Cá não havia, canaviais, cá na via
Deuses meus
Estrela-guia!
E assim foi criado o rebu
Cafuso, caburé, confuso Xingu
Kêtu, pajé, Aymoré, Bantu
Jurema, Axé, curumim, vagabundo
Tupã, Yemanjá, Kibundu, Jaci, Ogum, Ubundu
Globalizado o panteão
Lugar nosso
Novo Mundo!
Só que hoje
(Vai cair no chão!)
Aldeia resiste, político explora
(Vai cair no chão!) Polícia desocupa, quebrada implora
(Vai cair no chão!) Extermínio em massa, lenda, mito, crença
(Vai cair no chão!) Por isso, é mais lama que se pensa!
(Vai cair no chão!) Por isso, é mais lama que se pensa!
(O caboco ê!) Grito de revolução!
(O caboco ê!) Sente a energia
O cafuso! O cafuso!