Tantas vozes, eu me lembro bem
Me forçando a calar
Tantos dedos apontados sem
Propriedade pra falar
Tu tá com tempo, tanto esforço, hein?
Só pra me julgar, só pra me julgar
Ah, ah
Foi luta, não foi sorte, ahn
Ei
Ouvi que sorte é estar preparada pra ocasião
Mas que artefatos possuímos na mão?
E cansa lutar, cansa, viu?
Presa em manchetes garrafais
Inocentada numa nota de rodapé
Um dedo pra frente são quatro pra trás
E quem não tem teto de vidro, que atire
Essas pedras que nos atiraram
Viraram trincheiras, autodefesa
Que só devem proteger, nunca te fechar
(Nunca te fechar)
Essas pedras que nos atiraram
Viraram trincheiras, autodefesa
Que só devem proteger, nunca te fechar
(Nunca te fechar)
Tantas vozes, eu me lembro bem
Me forçando a calar
Tantos dedos apontados sem
Propriedade pra falar
Tu tá com tempo, tanto esforço, hein?
Só pra me julgar, só pra me julgar
Ah, ah
Foi luta, não foi sorte
De tanto se anular, ficou até transparente
Já nem se sabe mais se ainda é gente
Já nem tem mais voz pra falar
Quer dizer, não tinha
(Quer dizer, não tinha) (e tem)
Afeto é ferramenta que não devia ser luxo
Queremos celebrar
E chorar, chorar
Chorar de rir
Nós
Pronome coletivo que só quem é sabe
Pronome coletivo que só quem é sabe
Só quem é sabe
Só quem é
Essas pedras que nos atiraram
Viraram trincheiras, autodefesa
Que só devem proteger, nunca te fechar
(Nunca te fechar)
Tantas vozes, eu me lembro bem
Me forçando a calar
Tantos dedos apontados sem
Propriedade pra falar
Tu tá com tempo, tanto esforço, hein?
Só pra me julgar, só pra me julgar
Ah, ah
Foi luta, não foi sorte
E se for pra tacar pedra, que seja diamante
E se for pra tacar pedra, que seja diamante
E se for pra tacar pedra, que seja diamante
Ei!
E se for pra tacar pedra, que seja diamante
E se for pra tacar pedra, que seja diamante
E se for pra tacar pedra, que seja diamante
(Não menos que isso) que seja diamante