(Mas o que que é isso aí,
minha peruazinha, para de cheirá essas porquera,
teu refri é um chimarrão, assim tu só vai correr perigo,
vem comê pasto comigo e morá no ranchão)
Essa guria de fumá aos quatro vento
Um cigarro fedorento que é coisa do capeta
Deixou um cheiro de gambá nos meus pelego
E um bafo de morcego que não sai da minhas venta
De certa feita aprontou uma judiaria
Juro que eu não sabia por que eu sou um índio crua
A guriazinha botou uma erva daninha
Com cacaca de galinha no paiero do xirú
A guriazinha botou uma erva daninha
Com bosta de galinha no pito deste xiru
Dei uma sova de urtiga de fazê saltá lombriga
Pra deixar ela legal
Mas o diabo não é manso, botou fogo no meu rancho
E fugiu com meu bagual
Dei uma sova de urtiga de fazê saltá lombriga
Pra deixar ela legal
Mas o diabo não é manso, tracou fogo no meu rancho
E se bandiô com meu bagual
(Te manda, nogenta tu e esses fio do capeta
que estão sempre de chilique
mas tu vai voltar porque eu sei que tu gosta,
dum baile cheirando à bosta
num rancho de pau-a-pique)
Num outro dia ferventou o meu chinelo com um tal de cogumelo
Que vem dentro de um vidrinho
Inda me disse:- Isto aqui é chompião,
Vai te deixá legalzão proseando que nem magrinho
Dopô meu mate com umas gota de xampu
Misturou foia de Ambu, catichupi e água quente
Por quinze dia fiquei loco das idéia com uma baita diarréia
Preso dentro da Patente
Por quinze dia fiquei loco das idéia com uma puta c'ao diarréia
Encerrado numa Patente
Dei uma sova de urtiga de fazê saltá lombriga
Pra deixar ela legal
Mas o diabo não é manso, botou fogo no meu rancho
E fugiu com meu bagual
Dei uma sova de urtiga de fazê saltá lombriga
Pra deixá ela legal
Mas o diabo não é manso, tracou fogo no meu rancho
E se cascô co meu bagual
(Volta a ser xirua de novo, mascá o teu chicré de charque,
comê um xis de oveia,
vem matá o meu desejo que eu vou te babá de beijo
e te morde só nas oreia. Volta minha cosa linda)
por nelson de campos