Como processar os rumos sem
Me desconfigurar o tempo todo
Velhas buscas, novas pastas
Sons e sonhos nos computadores
Fico rico, multiplico um refrão
Por um milhão de amores
Navegar nas ondas previsíveis
Sem beber nada de ninguém
Quando eu caio nessa rede
A realidade perde o sentido, estranha
Novo mundo, velhos modos
Outra roda, mesma teia de aranha
Raro é o dia em que eu passo
E não tropeço nos meus egos
Pouco é tudo que nos resta (cerca)
Quando estamos quase sempre cegos
Minto muito, monto frases
Finjo ser um ser complexo
Crio imagens do desejo
Sem saber, sem ser conexo
Por isso eu quero trocar
Nada por nada
Um caminhar nesse andor
Por uma noite estrelada
Um caminhão de rancor
Por uma noite estrelada