Sempre que eu caminho à toa
Entre as sombras do passado
Vejo um prédio abandonado
Lá no bairro da Gamboa
É o prédio da C.A.F.E.R.J.
Lá no porto antigo, perto
Dos seus armazéns desertos
Minha inspiração emerge
Viva a C.A.F.E.R.J.
Viva a C.A.F.E.R.J.
Instituição extinta
Que eu não sei pra que é que serve
Nos bons tempos de existência
Este pavilhão imenso
Tinha funcionários tensos
E patrões sem paciência
Hoje, guarda em sua raça
Toda paz das horas mortas
Entre persianas tortas
E janelas sem vidraça
Viva a C.A.F.E.R.J.
Viva a C.A.F.E.R.J.
Instituição extinta
Que eu não sei pra que é que serve
Tuas belas empregadas
E formosas secretárias
Despertavam sempre várias
Ilusões enamoradas
Já findaram-se os amores
Já morreram tais histórias
Hoje restam só memórias
Nos teus velhos corredores
Viva a C.A.F.E.R.J.
Viva a C.A.F.E.R.J.
Instituição extinta
Que eu não sei pra que é que serve
Tens um mundo de saudades
E recordações etéreas
Nestes restos de matéria
Do que foi nossa cidade
E por esta rua antiga
Pelas altas madrugadas
Nossos ébrios camaradas
Cantarão esta cantiga
Viva a C.A.F.E.R.J.
Viva a C.A.F.E.R.J.
Instituição extinta
Que eu não sei pra que é que serve