Quem te protege quando o dia vem
Do outro lado do mundo
Se ninguém sabe ao certo o que encontrar
Do outro lado do muro
Emboscada nas encruzilhadas
Armadilhas do dia-a-dia
O fogo na boca do lixo, na beira do abismo
Sangue no asfalto
Armamento pesado pra enfrentar a polícia
O crime do crime vem pesado
Cartéis, senado, polticamente
Drogas, riqueza e o dinheiro da gente
Que some dos cofres da previdência
Engorda os cofres lá da Suíça
Deixando a gente a ver navios
Morrendo de fome, gemendo de frio
Paga quem pode a sobrevivência
Morrem muitos pedindo clemência
Casa, dinheiro, comida na mesa
N’outro dia que vem com muita incerteza
Bem-vinda às ruas, querida
Bem-vinda às ruas, às ruas
Bem-vinda ao crime, querida
Malditas ruas
Quem te protege quando a noite cai
Com seu manto escuro
Se ninguém sabe ao certo o que encontrar
Do outro lado do muro
Drogas, fumo, viciados
Entorpecentes químicos
Menores cheirando cola
Na Rua do Sol, cheirando cola
Amores perdidos, sexo vendido
Meninas, mulheres, prostitutas
Alguns trocados, dinheiro arriscado
Há risco de morte, há risco de morte
Muita gente não sabe o que é isto
Só sabe quem mora na beira do abismo
Só sabe quem chora o tiro perdido
A fome, a doença, a miséria, o descaso