Nessa minha tez escura corre sangue lusitano
Minha avó todas ternura, meu avô todo cigano
Minha mãe tristeza linda, fruto paixão proibida
Foi marcada pela vida, eu herdei suas feridas
Eu me chamo Simeana, parda forra, fui batizada
Mas existe quem me ama apesar de ser deserdada
Eu me chamo Simeana
Mescla de ginga e bailado
Flor negra, meio lusitana
Trago um sonho alforriado
Eu me chamo Simeana, o amor palpita no peito
Me libertei dos grilhões (Ai!)
Fiquei presa a preconceitos
Um tambor e um bandolim
Fazem um bom casamento
Uns dizem não, eu digo sim
(Ai!) O que vale é o sentimento
Deixei lá meus desalentos
Numa curva do passado
Voltam em certos momentos
Tocando em mim este fado