Pensamento foi ao passado
Até a quinta de minha infância
Meu desejo ficou rodeado
De campos e mil fragrâncias
Então voltei para os meus ares
Caminhei pelos quintais
Entre flores, campos e pomares
Saudade libertou os meus "ais"
O forno aquecido, a lenha, a lembrança
Dos meus avôs
um copo de vinho é senha
Pra guitarra levar a minha voz
Lusitanidade, ai! Lindo porto do além mar
Se o coração "tá" tristonho ai!
Busco o canto pra cantar
Castanho, olhar tão cativo
Juntou-se ao preto e ao azul
Brilhou um semblante altivo
E a freguesia então se fez sul
Entre o mar, a fronteira
Segue viva tradição
Pois se o tempo levou a quinta
Em seu lugar nasceu o galpão