(“Nair saiu pelo mundo procurando seu amado
Que ela mesma por orgulho tinha um dia desprezado
Cansada e arrependida do seu erro praticado
Nair se atirou na lama pela estrada do pecado
Luiz também de desgosto se transformou num bandido
E numa noite bem longe num lugar desconhecido
Num combate com a polícia Luiz escapou ferido
Se escondeu dentro de um baile da polícia perseguido
Pra despistar a polícia que vinha no rastro seu
Dançou com a primeira moça que na frente apareceu
Era Nair, sua amada, mas ele não conheceu
Enquanto a orquestra num canto triste valsa assim gemeu”)
Naquela valsa chorosa
Rodaram pelo salão
E numa pausa da orquestra
Ela viu sangue em suas mão
Apavorada pensando
Ser um bandido ou um ladrão
Chamou depressa a polícia
Que lhe deu voz de prisão
Quando ela ouviu o seu nome
Chorando reconheceu
Que era aquele seu amado
Por quem tanto ela sofreu
Procurou pro mundo todo
Que triste destino seu
Estava com ele nos braços
E para sempre o perdeu
Quando a polícia saiu
Levando preso o rapaz
Aquele grito doído
Foi ficando para trás
De longe ainda se ouvia
De Nair seus tristes ais
E aquela última valsa
Separou pra nunca mais
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)