Eu canto as mágoas que tem
O dom de turvar o meu olhar
Martírios que nunca sofri
Tormentos que fazem chorar
Canto a ingratidão
Lamentos que vem sem razão
Das trevas da noite sem fim
Das ânsias de um coração
Em toda canção a saudade
É a força que vem me guiar
Por esse caminho que esbarra
Num certo alguém, num certo olhar
Eu canto o mar por aí
Sem rumo, sem paz, sem achar
Meu porto nesse mar sem fim
Eu canto o esplendor desse mar
Trago comigo a emoção
Do amor que me faz delirar
No auge de tanta paixão
De todo o prazer de se dar