Iedo Silva
Vanera
È na hora do mate que a saúde bate no coração quera
Mateando solito no oitão do ranchito já quase tapera.
É na hora do mate que a saudade bate e pensamento voa
Neste pensamento lembrando os momentos de uma vida boa
E na hora do mate que a saudade bate a triste dor da ausência
Com mate lavado lembro neste hora
Alguém que foi embora pra outra querência.
E na hora do mate que a saudade bate
E o verde da erva amarga como o fel
Ela sevava o mate depois do encargo
Transformando o amargo num sabor de mel
É na hora do mate que a saudade bate pra voltar não peço
E tua viagem sem levar bagagem não tem mais regresso
É na hora do mate que a saudade bate e eu falo pro nada
Deixa a porta aberta que uma hora incerta visito tua morada
É na hora do mate que a saudade bate e a gente perde a estima
Olhando o infinito já na madrugada
Procurando escada pra o andar de cima.