Trago milongas no peito
Templadas pelas andanças
E legadas pela herança
Que carrego dos meus d´antes
Os que foram semelhantes,
E plantaram as sementes
E guardaram as vertentes
Guitarreiras dos errantes
As milongas me revelam
O que sou e de onde venho
Nas saudades me detenho
A pensar nos horizontes
E me vejo nos repontes
A perseguir as estrelas
Como um sinuelo de penas
Que extraviei pelas noites
(Solito mateio e penso,
E o coração se me agarra
Com semblantes de guitarra
E saudades por querência
Reencontro uma vivência
De consumir horizontes
Revivendo antigas dores
Pra me encontrar nas ausências)
Eu trouxe as velhas milongas,
Revivo e sou o passado
Trago um silêncio guardado
E um longe causando efeitos
E o mesmo destino estreito
Retoma as velhas constâncias
De ir encurtando as distâncias
Pelas milongas do peito!
(Solito mateio e penso,
E o coração se me agarra
Com semblantes de guitarra
E saudades por querência
Reencontro uma vivência
De consumir horizontes
Revivendo antigas dores
Pra me encontrar nas ausências)