Você ligou pra casa de um sambista
Mas no momento ele não pode lhe atender
Saiu com sua musa pra passear de jipe
E o resto da história ninguém pode prever
Ligue mais tarde e não insista
Ou deixe seu recado pra depois do bip
Sem essa mulher não há temática
É descomunal doença crônica
Inatingível atmosfera mística
Cujos segredos têm linguagem prática
Que não tem explicação artística
Pela secretária eletrônica
Quando ele voltar meio lunático
E a música brotar suave e cínica
Você compreenderá um tanto incrédulo
Por isso, meu amigo cibernético,
Escute meus conselhos informáticos
Ligue amanhã...ou noutro século