Sambista, tchê!
(Everton Luís/Nadir do Cavaquinho/Gilberto Boy)
Sou sambista, tchê!
Porque desde garoto já tinha um palpite, sim
Fui chegando na roda mesmo sem convite, assim
E o samba me contagiou
Sambista, tchê!
De bombacha ou de linho, de boteco a bailanta, irmão
Pois não há preconceito entre as almas que cantam, não
Foi isso que o samba ensinou
Dois Rios que se juntam bem dentro de mim
De gentes, de sotaques, de traços diferentes
Dois Rios de galpões e de botequins
E um simples cantador de duas frentes
Dois Rios que se abraçam no meu coração
O samba é a raiz que brota em meu terreiro
Sou branco, sou negro, sou malandro e peão
Sou Império Serrano, sou brasileiro
Sou sambista, tchê!
O momento é de paz, não estamos em guerra, tchê!
Meu Rio Grande do Sul é de campo e de serra, vê!
E não há divisão entre a pampa e o mar
Sambista, tchê!
Eu não sei se fui negro na vida passada
Se morri em Porongos ou noutra emboscada
Só sei que sou livre e já posso cantar