Eu gosto do mate cevado de novo
Com erva silvestre canchiada em palmeira
Contar velhos causos na beira do fogo
Ouvindo a cantiga que vem da chaleira
Fechar um crioulo picado em rodela
Em palha macia bem feito na mão
Fuminho amarelo com cheiro de selva
Mistura nativa de cinza e carvão
Montar um pingaço em dia de festa
Rumbiar a cidade pachola enfeitado
Tirar da viola tangente seresta
Trazer a morena num canto chorado
Cortar um churrasco bem bom e gostoso
Assado a preceito nos fundos de casa
Cheiroso e bem gordo faz água na boca
Cheirando a fumaça da graxa na brasa
Eu gosto das tardes de sol na campanha
Da calma do rancho que fiz prá morar
Das noites de lua com rimas de prata
Quando o poeta se põe a cismar
Da prenda bonita vestida de chita
De tranças compridas vivendo a sorrir
Da chuva caindo na folha do zinco
Fazendo barulho prá gente dormir