Ô ô ô, o canto do negro ecoou
A liberdade já raiou
Ressoa em Niterói cidade que eu amo
Sou realeza, sou quilombola Cubango
Dádiva, tesouro
Herança dos meus ancestrais
Me embala no teu colo oh mãe
Do Congo eu sou guerreiro
Raiz que atravessou o mar, África
Aqui chegou, aos olhos da lei clandestino
Mudando de vez seu destino
Um novo caminho brilhou
Em nossa terra a semente germinou
Lerê, lerê, tem batuque eu quero ver
Hoje a festa no quilombo vai até o amanhecer
Laiá, laiá, se baixou deixa girar
Pro ritual continuar
Negro mantém a esperança
De ver um dia a bonança chegar
Negro tem força e não cansa
É a essência africana a lutar a lutar
Vai meu samba cantar em uma só voz
Exaltar a glória dos nossos heróis
Não foi em vão nossa fé, sou carregado de axé axé
Somos uma corrente de irmãos
Orgulho de uma negra nação
Ouçam a nossa oração