Um homem sensato é um alien
Diante da graça cômica de mil jogos
Matando a solidão do seu dia, amém
Um sax triste, um piano grave
Um belo sino toca, o surdo não ouve
Na sua alma chora um Big Ben
Ele não sente nenhum mal, nenhum bem
Um homem sensato é um alien
Ele sabe que a fronteira de cada um
É o medo de estar em lugar algum
Da grande América Latina
Nela são passivos, sem sentidos ativos
Todos os referenciais dos grandes jornais
Um homem sensato é um alien
Que sente paz na noite de réveillon
Que tem uma bandeira sem manipulação
Ele vê cara pintada refletir o poder
Ele vê rato de praia praticando arrastão
Ele sente a razão diluir-se no vapor do oceano
Ele vê uma suposta nova ordem num amanhecer
Um homem sensato é um alien
Que não quer proferir ideais em vão
para a mente de um passageiro inapto
Pois seria o mesmo que dizer alô
Ao mensageiro do vídeo que diz
O sol da sua pátria brilha mais uma vez
Um homem sensato é um alien
Que chora sem som
Ao ouvir um longo adeus sem tom
De um repórter sem dom
Numa Tv de brilho gelado
Numa Tv de brilho gelado