axé, mãe áfrica
berço da nação iorubá
de onde herdei o sangue azul da realeza
sou guerreiro de oyó
filho de orixás
vim da corte do sertão
pra defender a nossa pátria mãe gentil
sou “dom obá”, o príncipe do povo,
rei da ralé
nos meus delírios, um mundo novo
eu tenho fé
no rio de lá
luxo e riqueza
no rio de cá
lixo e pobreza
frequentei o palácio imperial
critiquei a elite no jornal
desejei liberdade
500 anos brasil
e a raça negra não viu
o clarão da igualdade
fazer o negro respirar felicidade
sonho ou realidade?
uma dádiva do céu (do céu, do céu)
vi no morro da mangueira
sambar de porta-bandeira
a princesa isabel