África
Aonde o sol é soberano
Negro sorria e cantava
Em harmonia com a Natureza
Rei feliz, sem açoite, sem juiz
Olorum na fé
Livre fez sua nobreza
O homem branco chegou
Ganância cruel
Preso nas correntes da maldade
E nos porões do navio negreiro
Adeus, adeus felicidade
Nas terras brasileiras
Na peneira fica o ouro
Soca café no pilão
Cortando a cana no chão
Sofreu na pele a exploração
Nesse chão que nos sustenta
Bem antes da Lei Áurea
Já raiava o sol da liberdade
Horizonte sob as asas da ilusão
Porém a margem da sociedade
Buscou manifestar sua fé
Cantou, dançou batendo bastão
São Benedito passou por aqui
Fez promessa vai ter que cumprir
Sou J.A. eu sou
Sou Moçambique, eu to no pique
Meu Carnaval é um abraço de amor