Tá na força da cor, atitude
No orgulho o valor da negritude
Rocinha canta e tem direito
Uma banana para o preconceito!
Tatuei a borboleta no meu coração
O preconceito não merece perdão
Marca a vida e dói na alma
Primitiva raiz, pele clara ou escura
Tanto faz, somos iguais
Liberto a essência que corre nas veias
Herança dos meus ancestrais
Eh negro rei não se entregou
Viva Chico rei, seu povo libertou
Ao som do tambor sagrado
Tem maracatu, salve o congado
Ê ê ê ê não vão me calar
Ê ê ê ê desce o morro pra sambar
A negra arte que brilha na tela
De pele escura reflete a favela
Florescem brados guerreiros
Ideais altaneiros, sou negro sou raça
Ecoa a voz da igualdade
Afaste sua crueldade, renasce o dia de graça
Ogunhê, eparrei oya
Kaô xangô, odoya Yemanjá
Xeu epa baba oxalá
É tempo de pensar e refletir
Manter acesa a chama da esperança
No futuro que está por vir
Fortificar toda negra herança