Perdido em mim mesmo como num labirinto
Olhar por fora é Fácil, não demonstro o que sinto
Vi muitos semblantes nos lugares onde fui
E falo dessa força que a mente possui
Todo dia ele vai ela vem quando escurece
O encontro é muito raro, eu permaneço em prece
Meus ouvido não esquecem do que sempre ouvi
É, Respeito é a chave com meu pai aprendi
Aos que me dizem pouco com olhares de canto
Aos que me olham dentro dos olhos causando espanto
Eu planto essa semente dentro do coração
Se vim em paz volto em paz quando concluir a missão
Ainda não fiquei pra trás, alguns instantes busquei
O que passei sem perceber e no passado deixei
Trago de volta a minha volta coisas boas
Foda-se o material pois valem mais as pessoas
Que marcaram positivamente, negativamente
Perco passo vagamente, acerto ironicamente
De vez, mais uma vez levaram-me embora
Quando o sol perdeu a lua que no céu vive e chora
As estrelas são as lágrimas da mágoa do mundo
Piso forte neste solo, trago o verso oriundo
Mas do que cotidiano, nas batidas meu mano
Só na música me acalmo quando só eu me chamo
Eu me chamo, eu me chamo, ééé eu me chamo...
Pra quem se fez de poeta mas se perdeu entre as
linhas
Pra quem falou diferente e proclamou ladainha
Eu fui pelas esferas, caminhos sem luz alguma
Gritando paz e mudança mas seus erros assuma
Abaixo essas posses com essas reticências
Atores, atrizes com todas suas incoerências possíveis
Altero níveis, imito meus porres
Mas não esqueça as perguntas e menos sei porque corres
do imaginário
Mentes, níveis, coração aberto
Brigo com meus provérbios, mas permaneço por perto
Dando a luz, quando a escuridão se antecipa
Rumores póstumos, projeto do teto que me evita
Toc Toc, o que escrevo e produzo por aqui
Falem das erradas, permaneço incluso aqui
Fuja dos desejos, mas que nunca se esqueça
Que o coração protege o que não sai da cabeça
É desse jeito que eu vivo sozinho dentro de mim
Assim me posiciono melhor perto do fim
A estrada foi longa e a verdade eu proclamo
Perdido em mim mesmo meus amigos eu chamo.