Caio
Ei...
Vaga pelos cômodos da minha cabeça, como vaga pela casa sem cômodos
Teoria avessa
E faz seu coração, do contrário a casa não teria chão
Pasmo apenas observo
Elevo o que me vale, a força é sã
O mestre foi se, eu fui seu servo nesse clã
Compreendendo os meus tropeços de outrora
O sol é frio, mas aqui dentro corro agora
E sem luz, atravesso andamentos tenho a garganta seca
Fumaça te revela o que eu penso
Ou o que pensa a meu respeito, meu peito é como voto aberto
Olho no olho, e dente por dente eu tanjo a trilha
Pit, PG minha família musical, recomeçando o que pra muitos é o final
De uma espera, de uma fuga do padrão
A minha escola climação, as minhas retas sem refrão
Revela o que pra mim é como letra, fez como escrever
Deixar de ter papas na língua, meu povo sempre míngua
Na esperança, no sorriso das crianças
Eu renovo o que me move, e nunca remove
O que te comove nos confins do meu eu
Mas quem sou pra você que nunca antes conheceu
Ouça os tambores que estalam nas mãos vermelhas
Vice-versa da senzala que assalta as suas orelhas
Pitzan
Eu edifico no espaço, e figuro o presente
Não prometo mil amanhãs, só lhe entrego o que o peito sente
Crente, no que me alenta e orienta a missão
Pelos mares que os meus navios, os versos dessa canção
Não se trata de inspiração, e sim de determinação
Trabalhar dia ápos dia em busca da precisão
Juntos iremos e até o fim seremos
O que vivemos e cremos pra sermos o que sonhamos
Leva-se anos e anos, e a paz que reinventamos
A que transcrevemos, levo a lenda do fogo que nunca me aqueceu
Pra mim isso não é um jogo é parte do que aconteceu aqui dentro
Reorganizo os pensamentos, e mantenho me atento ao tempo
E ao soprar dos ventos, a noite cai escura
Os vagalumes se iluminam, o sol nisso me acompanha
São eles que me ensinam a ser mais eu
E à não ceder antes do fim, e a enfrentar o brêu que existe dentro de mim
É assim que eu sinto a vida, é o que nela é inerente
Se a gente é pro que nasce, eu sou Elo da Corrente