Vou esperar a luz do elevador
Pra iluminar teu mundo
Emudecer o televisor... Meu abajur
Ver a noite anoitecer teu sonho
E experimentar palavras
Pra ver até onde te dói, o que doer
Ver o trago causar estrago
O sereno acabar com o pleno
E o frio arder até queimar
O vazio gritar até sangrar
Ver o reflexo da cidade no céu
Deixar transcender a barreira
Realidade surreal
Um grito surdo, estalo seco
O peito rasga, todo o mal
Me arrebentar, me matar
Até nascer e crescer
Ter a realidade enfim
Ver nossa vida afinal