No grito de "frouxá" ponta
Que a culatra "tá" em tirão
A changa faz corpo mole
E o taura arrasta o garrão
O gaiteiro faz floreio
A "de botão" se adelgaça
E o índio mais vaqueano
Se extravia na fumaça
Quando um vanerão fronteiro
Chega metendo os encontro
O chinaredo escramuça
E a farra vira um confronto
Entre os machos se destaca
A estampa de um fronteiriço
Que até parece o "demônio"
Quando sai "campeá" serviço
Vem na volta o bate casco
Erguendo a poeira da cancha
E ali tenteando um namoro
A bugrada se acarancha
Num entrevero de malos
Nuca falta um desacato
Porque um chimango não dança
Nos bailes do "Maragato"
Nos bailes do "Maragato"
Se baila de "cola atada"
Porque as "diabas" cor de cuia
São do jeito que me agrada
Tem morena, tem polaca
Tem china pra qualquer gosto
Foi por causa de uma delas
Que me despeonei do posto
Por isso entro e me arrasto
Pois sei que a vida é lacaia
E o bom da vida é o pecado
Com palmo de "mini-saia"
A cerda pela cintura
Nos beiço, um batom "vermeio"
Parece uma caborteira
Que andou "veiaqueando" de freio
Vez que outra dá um bochincho
Ddos de "abri" toca no chão
E um loco pedindo boca
Sai "reboleando" um facão
É o fandango do Rio Grande
Do velho pago é o retrato
Mas um chimango não dança
Nos bailes do "Maragato".