João veio a luz da escuridão, querer,
Coração de leão, coragem, viagem, mundo cão
João, tão forte e belo onde vai?
Rico tesouro de seu pai, vai se perder na multidão
João partiu em busca de suas glórias,
Mas o mar inventa histórias, medalhas e maldições
Ah João, seja vivo seja honesto,
Esperamos seu regresso frente à cova dos leões
Não João não é o fim que lhe estende mão aberta
João me desencanta, me encontra e me liberta
Seu filho, seu pai, o mundo, o mar, Constança
O sonho de voltar, me confia, me alcança
João já entrara naquela dança, olhos morenos, Constança, encontrara-se no mar
Que já era João de tempestade, de Calais, de amigos pra nunca mais, de se seguir, de libertar
João de até então já era mais, quem era, aprendia do mar,
Amar, ser pai e regressar
Mas João veio a luz da escuridão, tão forte e belo onde vai?
?Pro mundo eu tenho que voltar?
Não João não é o fim que lhe estende mão aberta
João me desencanta, me encontra e me liberta
Seu filho, seu pai, o mundo, o mar, Constança
O sonho de voltar, me confia, me alcança
Volta seu navio, um grito corta as almas, sem João o rei chora de dor
Promessas e mentiras, a esperança cala nos braços de seu traidor
A mulher hesita, o filho cresce longe, sua vida um homem lhe tomou
Uma divida é paga vinda do mundo das almas, da morte a vida que restou
João olhou fundo o céu vermelho, sentiu fome, teve medo, tinha raiva, ressentiu
O olhar por traz dos olhos que não viu, o golpe, o sangue, o sal, o fim e o porquê, João resistiu
Sonhos de vingança e de amor, João ante a face do pavor, dois corpos já rasgavam os céus
Ah João! Gritou o rei chorando riu, um abraço e um vulto partiu num raio das nuvens em véus
Ficou João, caminhou até o altar ouvindo o filho lhe chamar, se fez justiça ante o réu
Não João não é o fim que lhe estende mão aberta
João me desencanta, me encontra e me liberta
Não João não é o fim que lhe estende mão aberta
João me desencanta, me encontra e me liberta
Não João não é o fim que lhe estende mão aberta
João me desencanta, me encontra e me liberta