Leve brisa de orvalho
Sobre o véu das cachoeiras
Suas gotas serenas resvalam
No verde das folhagens
A trama divina que a mãe natureza
À mão teceu
Inerme sagrada
Que vibra no alvorecer
Minha tela mais linda
Que os deuses pintaram
Onde o esplêndido amor floresceu
Lindo vale de anis
Minha selva, rico e belo é o teu cenário
Imenso, colorido, teus braços, teus galhos
Verde contemplário
Divino santuário
Minha selva recheada de sabor e sonhos
Corais em sinfonia de sublime encanto
Santo perfumado, teu manto
Teu sudário
Teu teatro lendário encantador
Minha selva adornada de penas
De cantos selvagens
Pétala que arboresceu
No teu céu a dança das plumagens
Minha floresta de pele morena
De límpidas águas, onde a vida repousa feliz
Do saboroso buriti
Do abençoado curumim