E do silêncio fez-se o medo
Da seca das águas, o espanto
E no céu de chumbo, as sombras das harpias
E o som do seu terrível canto
Os animais e a terra abrasada
As matas e as flores queimadas
Sararumá, áymá sunhé
Espírito do mal, sararumá, sararumá
Traz a fome, a sede e o horror
A inveja, a morte e a dor
Os guerreiros cheios de terror
A tribo toda enfeitiçada
Pela ira de aymá sunhé
Para expulsar o mal, cantam com muita fé
Imploram a proteção de tupã
E uma linda guerreira surge do céu
Com uma lança de luz
E a leva nas mãos do poderoso pajé
Reza pajé, canta pajé, dança
E vem lutar pelo seu povo
Dança pajé, canta e ora pajé
Afasta o mal com a força da tua lança
Ora e demonstra a tua fé