Permita-me, senhores, eu cantar meu verso
Nele nada peço somente desejo
Prestar uma homenagem ao povo da roça
Que às vezes é humilhado por ser sertanejo
Desde que eu vim aqui pra cidade
Mandar esta mensagem eu sempre desejei
Aos bravos caboclos de ombros queimados
Que enfrenta o roçado onde eu já trabalhei
Não se desanime, oh! irmão caboclo
Se alguém fizer pouco da sua simplicidade
Diga com orgulho para esta gente
Que no seu sangue quente tem brasilidade
E quando o suor banhar o seu rosto
E o sol causticante queimar os braços seus
Na foice, na enxada ou golpeando o machado
Há de estar ao seu lado o bondoso Deus
Em todo o passado, caboclo querido
Foste esquecido e sempre enganado
Mas porém agora trabalhe com fé
Que o nosso governo está ao seu lado
Graças À Deus, oh! irmão caboclo
Existe a paz aqui em nossa terra
Que a Nossa Senhora proteja os filhos seus
E nos livre, oh! meu Deus, da terceira guerra
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)