("Lá no sertão nordestino onde Catulo nasceu
Nas noites do Ceará foi que ele conheceu
Que olhando pra natureza contemplou tanta beleza
Esta canção escreveu")
Não há oh! gente, oh! não
Luar como esse do sertão
Não há oh! gente, oh! não
Luar como esse do sertão
("Depois olhando pro céu, aquele luar sem fim
Viu as matas verdejantes como um imenso jardim
E vendo as folhas caídas rolando no chão sem vida
Catulo cantou assim")
Ai, que saudade do luar da minha terra
Lá na serra prateando folhas secas pelo chão
Este luar cá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade do luar do meu sertão
Não há oh! gente, oh! não
Luar como esse do sertão
Não há oh! gente, oh! não
Luar como esse do sertão
("Catulo vendo que a morte se aproximava do leito
Pediu que a terra do norte viesse cobrir seu peito
Foi seu último pedido, mas se ele fosse atendido
Morreria satisfeito")
Ai, quem me dera se eu morresse lá na serra
Abraçado a minha terra e dormindo de uma vez
Ser enterrado numa gruta pequenina
Onde a tarde a sururina chora a sua viuvez
Não há oh! gente, oh! não
Luar como esse do sertão
Não há oh! gente, oh! não
Luar como esse do sertão
("Morreu Catulo cearense, o poeta do sertão
Com ele foi sepultado seu companheiro, o violão
Foi seus versos derradeiros, mas hoje o Brasil inteiro canta
O "Luar do Sertão"")
Não há oh! gente, oh! não
Luar como esse do sertão
Não há oh! gente, oh! não
Luar como esse do sertão