Não foi Maria, não foi Helena
Que deu recado pra Madalena
Não foi a rosa, nem a açucena
É o olhar dela que me condena
Violeiro bom canta e não treina
Tenho o desprezo de uma pequena
Eu sofro tanto que até dá pena
Sem os carinhos dessa morena
Não foi Maria, não foi Helena
Que deu recado pra Madalena
Não foi a rosa, nem a açucena
É o olhar dela que me condena
A garça branca voa serena
Cortando o espaço deixando pena
Mas a saudade que me condena
É a despedida dessa morena
Não foi Maria, não foi Helena
Que deu recado pra Madalena
Não foi a rosa, nem a açucena
É o olhar dela que me condena
Quando o artista com a mão acena
Saúda da platéia grande ou pequena
Fecha as cortinas, desfaz a cena
Para voltar noutra quinzena
Não foi Maria, não foi Helena
Que deu recado pra Madalena
Não foi a rosa, nem a açucena
É o olhar dela que me condena
(Pedro Paulo Mariano – Santa Maria da Serra-SP)