Sóbrio em meu leito quase ao adormecer
Me rejuvenesço em lembrar vocês
Tenho dividido a minha solidão
Com um travesseiro e um simples colchão
Quando dou um passo me lembro do seu
Dizendo não corra, andas filho meu
Era o teu apoio junto na lição
E se eu não fizesse levava um sermão
Voltava da rua todo machucado
Descalço chorando joelho ralado
Era o teu colo o meu aconchego
Livre da maldade e de todo o medo
O tempo é inimigo nosso inevitável
Trago as lembras que me são amáveis
Passei no escuro e me lembrei da luz
Luz é a palavra que aos meus pés conduz
Tu lembras que quando o chinelo estourou
Com martelo e prego ali me ensinou
Meus olhos brilharam e me fez sentir
Que a improvisação me consumou ali
Mãe pai, mãe pai, me perdoa por não estar nos braços teus
Mãe pai, mãe pai orem e peçam a deus
Que guardem os passos meus
Mãe pai, mãe pai me perdoa por não estar nos braços teus
Mãe pai, mãe pai orem e peçam a deus
Que guardem os passos meus
Os passos meus pelas ruas foi quando eu descobri
Que eu mesmo era o dono de si
Companhias que cercaram pensamentos
Atitudes que mudaram meus momentos
Desgosto na rua que favorecia
As tuas visitas na delegacia
Expulso da escola tempo infeliz
Quando vi meus pais à frente de um juiz
Tenho partes boas em me recordar
Outras que apenas penso em apagar
Época que agia por algum impulso
Me identificava mesmo sendo avulso
Lembro a primeira vez que me isolei
Cabulando aula fui me analisar
Peguei o meu caderno e observei
Que a imensidão minha era improvisar
Caminhei nas letras fiz o meu caminho
Longe sem apoio fora do meu ninho
Rumos diferentes fez eu perceber
Que a maior riqueza
É de ter vocês
Mãe pai, mãe pai
Me perdoa por não estar nos braços teus
Mãe pai, mãe pai
Orem e peçam a deus que guardem os passos meus
Mãe pai, mãe pai
Me perdoa por não estar nos braços teus
Mãe pai, mãe pai orem e peçam a deus
Que guardem os passos meus
Mãe pai, mãe pai me perdoa
Por não estar nos braços teus
Eu amo vocês mãe pai, mãe pai
Orem e peçam a deus
Que guardem os passos meus
Os teus, os nossos passos
Os meus, os seus os nossos passos, soltei vossas mãos
E desenhei meus caminho explorei minhas virtudes
E me feri nos espinhos me tornei um homem provei ser
Capaz mais o que mais me aflige é de saber
Que o tempo bom não volta atrás