(B-leza)
É tão bom ter um brilhante, que lindos que eles são
Encher a mão de diamantes, cada dedo vale um milhão
Mas terás tu a noção, ou uma pequena opinião
Do que se passa no teu mundo
nos campos de opressão?
Qual é a tua opção? Obter ou matar?
Qual é a tua posição? Deixar de ter ou assassinar?
Segues a tua indignação, ou preferes pausar?
No tronco a pele de um animal
no dedo o sangue a brilhar
Bem-vindo a África sádica
ás terras de histórias trágicas
Palco de guerras lunáticas, de metes fanáticas
Diferenças dramáticas, fome, miséria em massas
Doenças, corpos nas valas, putos que carregam armas
Bem-vindo a Serra Leoa, antes da descoberta
Diamantes? Boa! Escravos, atirem-se a terra
Tu até sabes disto mas tás-te bem a cagar
Mete a safira Playboy, hoje elas não te vão largar
(Carolina Deslandes)
Terras vermelhas afundam-se em sangue
Uma lágrima, um diamante
Tantas terras e uma distante
E aos nossos olhos irrelevante
Tantas estrelas, nenhuma brilhante
Tantos sábios e nenhum santo
Não quero acreditar, no entanto
Que Deus já não passa nas terras de sangue
(B-leza)
Homens cavam, eles são escravos
Patrões batem nos criados
Fundo, mais fundo, seus inúteis quero resultados
Quem achar, pode almoçar
quem não achar, vai continuar
Estas cansando vais levar, vocês tão cá pra trabalhar
O teu filho já é homem, 8 anos já não cai
E o filho do teu filho há de ser igual ao pai
A vossa raça foi feita para servir ao altar
E uma graça ou uma desfeita, vou vos ter que matar
Cava, cava
Sua, lavra
Baixa, apanha, levanta e dá-me a pedra mais brava
Traz mais um se queres água
Que cara é essa de magoa?
Hoje nem levaste, limpa as lágrimas parva
Á tua pala estou rico, devias ficar contente
A pedra do teu marido foi considerada a mais quente
Agora sai-me da frente, que estou quase a fazer bang
Ias ser apenas mais uma a chorar lágrimas de sangue
(Carolina Deslandes)
Terras vermelhas afundam-se em sangue
Uma lágrima, um diamante
Tantas terras e uma distante
E aos nossos olhos irrelevante
Tantas estrelas, nenhuma brilhante
Tantos sábios e nenhum santo
Não quero acreditar, no entanto
Que Deus já não passa nas terras de sangue
(B-leza)
Nos dias de hoje ainda persiste a escravatura
Diamantes são exportados e lapidados com ternura
Enquanto homens escravizados morrem pela tua luxuria
Usados, descartados, e os seus direitos violados
Obrigados a estar calados, entre as feridas e os calos
Ter diamantes é bonito, mais bonito é evita-los
Se um diamante falasse
Ele não conseguia, falar
Se conseguisse
Naa... só conseguiria chorar!
(Carolina Deslandes)
Terras vermelhas afundam-se em sangue
Uma lágrima, um diamante
Tantas terras e uma distante
E aos nossos olhos irrelevante
Tantas estrelas, nenhuma brilhante
Tantos sábios e nenhum santo
Não quero acreditar, no entanto
Que Deus já não passa nas terras de sangue