Ela não entende
Que não sou normal
Todo poeta é invisível
Vive além da barreira do habitual
Às vezes multidão
Às vezes lobo solitário
No frio, zero grau
Sinto calor com agasalho
A lua é meu mundo
Eu não sou louco
Só um pouco
De tempo pra eu escrever
Lá, ru, lá, ru, lá
Lá, ru, lá, ru, lá
Lá, ru, lá, ru, lá
Deito em qualquer lugar
Logo vem o sono
Primavera pra mim é Outono
Não ser inteligente é bom
Pra não causar discussão
Quem me entender
Vai ganhar o Nobel
O óbvio nem sempre é certo
Tão grande é o amor
Pra coisas tão pequenas
O espinho vive bem com a flor
Sem problemas (Bis)
Eu faço careta
Pra realeza
Do planalto central
Desço a marreta
Nos cereal killer do poder
Canalhas, ser vergonhas
Excremento do seu bel prazer (Bis)