Um velho com mania de golfinhos e focas
As ‘Sete irmãs” estão interessadas nas riquezas da floresta
A tele-novela das sete dói nas nádegas
Pra frente como um caranguejo a revolução dos idiotas
O homem coca, o menino cola
Que droga de juventude coca-cola
Perdeu a identidade pela maré o contorno das costas
De saída perderam o trem de partida
Nesse lugar a vaia é a véspera do aplauso
É permitido proibir as verdadeiras cenas do futuro
Os porões do regime um cogumelo e um andróide fardado
O Hino Nacional só deveria ser cantado pelos pássaros
Um homem que fala outras línguas de cabelo engomado
Pode levar seu povo ao etnocídio justificado
Um de pequeno bigode a risadas e outro ao nacionalismo exagerado
As imagens não mentem o que foi ocultado pelas palavras
A sociedade é uma ilusão de imagens fragmentadas
Somos infelizes porque temos os sexos separados
O homem e a mulher nunca se entenderam porque há diferença nos corpos
O avanço tecnológico não trouxe o avanço moral da humanidade
Pra que tanto ouro se o cálice era de madeira
“Nosso futuro é o passado na América do Sul”
O bem é representado pelos generais diz um aliado da igreja
A maré que foi é a mesma que volta
Deixe-nos já morrer, deixe-nos já parecer
Visto que nossos deuses também morreram
Disseram os índios mexicanos aos franciscanos
A realidade é ambígua: bem e mal andam de mãos dadas
“Quem somos, de onde viemos, para onde vamos?
Eqüidistante do pessimismo total e do otimismo injustificado
Não faço coro com os que dizem que o país é inviável”
Ambigüidades a parte tudo tem lógica.