Na beira do rio
De margem rasa, de argila amarela
A onde eu canto mil modas pra ela
Do lado de lá do rio, ela mora
Do lado de cá, violeiro que chora
Ai, ai, ai
Na beira do rio
O sol se põe, anoitece o sertão
Deixo baixinha a luz do lampião
A luz da janela dela se acende
É nessa hora que a viola se rende
Ai, ai, ai
Na beira do rio
Você, morena, vai me ver passar
Um dia, diante dos olhos seus
Minha viola canoa será
E meu olhar triste, um simples adeus
Adeus, morena bela
Adeus, sofrer
Adeus, barranco velho
Até mais ver
O seu desprezo, morena
Secou meu querer
Espero que a solidão
Não seque você
Na beira do rio
Você, morena, vai me ver passar
Um dia, diante dos olhos seus
Minha viola canoa será
E meu olhar triste, um simples adeus
Adeus, morena bela
Adeus, sofrer
Adeus, barranco velho
Até mais ver
Adeus, morena bela
Adeus, sofrer
Adeus, barranco velho
Até mais ver
O seu desprezo, morena
Secou meu querer
Espero que a solidão
Não seque você