Encontrei abandonada
Uma rosa que te dei
Tão tristonha e desolada
Quase morta, desprezada
Que tive pena e parei
Foi bela sem ter igual
Hoje triste e pobrezinha
Não tive culpa afinal
Que de mim pensasses mal
E não quisesses ser minha
Mas Santo António que estava
Ali perto, em oração
Pediu-me se lhe emprestava
Essa flor que eu tanto amava
E levantara do chão
Entreguei-lhe o que pedia
E ele rezou novamente
Era noite, fez-se dia
E a rosa que envelhecia
Fez-se em botão de repente