O rio que nos viu nascer
Viu também nascer Lisboa
Sou português, tenho avós
O bom sangue não perdoa
E como qualquer de nós
Embarco quase sem querer
Que o rio que nos viu nascer
Viu também nascer Lisboa
Partir mas sem saber quando e sem destino marcado
A vida vai-se passando e o que era amarra, soltou-se
E agora é como se fosse uma barco mal encalhado
Partir mas sem saber quando e sem destino marcado
O Tejo faz-nos partir
Lisboa faz-nos voltar
As marés sempre a seguir
As rotas do Oriente
Tantas terras, tanta gente
Mais o apelo do mar
O Tejo faz-nos partir