Carro-de-boi no passado
Ainda no romper da aurora
Com sua boiada e o carreiro
Tão disposta bem ligeiro saia de mundo a fora
O rebanho no terreiro
Junto com a passarada
Quando seu canto se ouvia
Pra porteita o gado ia era a sua chagada
Carro-de-boi no presente
Somente na agonia
Não tem gado no terreiro
Não tem vaqueiro quando
Amanhece o dia
Vive num canto encostado
Seu cabeçalho quebrado
Sem forquilha e sem foeiro
Debaixo de um juazeiro sem servir abandonado.